sábado, 18 de setembro de 2010
Curiosidades da cerveja
*Inspiração divina""
De uma forma ou de outra, as bebidas alcoólicas produzidas a partir da fermentação de cereais e outras plantas eram conhecidas em diversas partes do mundo. Em algumas regiões da África, produziam-se bebidas a partir de gramíneas nativas como o sorgo e o milheto. Os chineses dominavam um processo de fabricação mais avançado do que o egípcio e produziam uma cerveja à base do arroz. A civilização asteca, que floresceu onde hoje é o México, e os próprios índios que viviam nas matas que viriam a se tornar o Brasil tinham suas bebidas fermentadas.
O líquido criado pelos habitantes primitivos da nossa Pindorama era obtido a partir da fermentação da mandioca. Mas o certo mesmo é que o processo do qual se originou a cerveja que hoje conhecemos foi aquele desenvolvido no Egito e que chegou à Europa no alvorecer da Era Cristã, levado pelos conquistadores romanos, que se encarregaram de espalhá-lo pelo seu vasto império. No século I d.C., a cerveja já era produzida pelos antepassados dos alemães e dos franceses. E logo alcançou outras regiões do continente.
A Idade Média, vista por muita gente apenas como um período de trevas, também teve seus momentos iluminados. Foi naquela época, mais precisamente entre os anos 700 e 800, que a cerveja passou a ser produzida nos mosteiros e deu os primeiros passos para tornar-se esta bebida nobre, de sabor ligeiramente amargo. Foram os monges da era medieval os responsáveis pela adição do lúpulo à fórmula da cerveja - o que, sem dúvida alguma, deve ser visto como um sinal de inspiração divina. Hoje, as dezenas de variedades dessa planta estão presentes na grande maioria das cervejas conhecidas no mundo. A intervenção dos monges representou um passo importante não só no aperfeiçoamento do sabor, mas também na conservação da bebida.
*Explica-se"
As cervejas mais antigas, preparadas segundo um processo extremamente rudimentar, tinham um ciclo de vida muito curto. Adicionava-se água ao malte e, depois, alguns aromatizantes que podiam ser a camomila, o coentro, a canela, o gengibre, o zimbro, o açafrão e até mesmo o pêssego. Essa mistura era posta para fermentar - e nesse processo se formava o álcool e o gás carbônico característicos da bebida. Os monges descobriram que o lúpulo não apenas empresta à cerveja o sabor amargo que a caracteriza nos dia de hoje como, também, impede que se deteriore num período muito curto de tempo. Ou seja, além de sofisticar o gosto, esse ingrediente comprovou-se um conservante natural e de ótima qualidade.
Graças à adição do lúpulo à sua receita, a bebida se disseminou pela Europa, vindo a adquirir, com o tempo, as características regionais que deram fama às cervejas de diversas partes do mundo. A Inglaterra, a Irlanda, a Holanda e a Bélgica são berços de algumas cervejas de excelente qualidade e de ótima reputação. Nem todas, no entanto, são feitas da mesma maneira.
Assim como os antigos egípcios tinham a Dizythum, uma bebida mais forte, e a Busa, mais suave, as cervejas modernas também se dividem, basicamente, em duas grandes famílias. De um lado estão as do tipo Ale, como são conhecidas as cervejas de alta fermentação. Do outro, as Lager, de baixa fermentação. É desse segundo ramo genealógico que se origina o tipo de cerveja mais apreciado no Brasil.
Bebida shakespeariana
Em sua obra, Willian Shakespeare faz 14 menções à palavra "Ale" e cita cinco vezes a palavra "beer." Isso nos leva a duas conclusões: uma é que no tempo de Shakespeare - ele viveu de 1564 a 1616 - a cerveja já era uma bebida muito popular; a outra é que além de gênio, o dramaturgo era um homem de bom gosto.
Fonte: www.ambev.com.br
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